Psicobióticos são organismos vivos que, quando ingeridos em quantidades ideais, podem ser benéficos para pacientes psiquiátricos. Essa classe está caracterizada dentro dos probióticos, que auxiliam o processo de digestão e auxiliam o sistema imunológico, além de diversos outros fatores como a redução no risco de desenvolvimento de doenças gastrointestinais. O diferencial dos psicobióticos ocorre pela capacidade dos microrganismos de produzirem substâncias neuroativas que, por sua vez, atuam na comunicação entre o cérebro e o sistema digestório.
Alguns estudos atualmente propõem que essas bactérias produzem neurotransmissores importantes na produção e liberação de neurotransmissores, dentre os quais encontra-se o GABA, que, quando desregulado, pode influenciar em doenças como ansiedade e depressão. Além disso, pesquisas mostram que camundongos germ-free apresentam níveis reduzidos de serotonina, neurotransmissor responsável pela regulação de diferentes funções do corpo, como o humor, por exemplo. Isso demonstra a influência da microbiota nos níveis de neurotransmissores e, consequentemente, na regulação de doenças psiquiátricas. Esse tipo de pesquisa é de gigantesca importância, visto que os casos de depressão e ansiedade vêm aumentando e uma parte da população não responde aos medicamentos, ou até mesmo apresentam aversão farmacológica.
Referências:
Dinan, Timothy G., Catherine Stanton, and John F. Cryan. "Psychobiotics: a novel class of psychotropic." Biological psychiatry 74.10 (2013): 720-726.
Cheng, Li-Hao, et al. "Psychobiotics in mental health, neurodegenerative and neurodevelopmental disorders." Journal of food and drug analysis 27.3 (2019): 632-648.
Del Toro-Barbosa, Mariano, et al. "Psychobiotics: mechanisms of action, evaluation methods and effectiveness in applications with food products." Nutrients 12.12 (2020): 3896.
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