O termo probiótico deriva do grego, significando “pró-vida” e é usado para classificar alimentos com microrganismos que podem modificar a microbiota das mucosas, como estomago e intestino delgado, por meio da sua ingestão e alocação no orgão do hospedeiro. Está relação de colonização produz efeitos benéficos à saúde pois regulam a microbiota intestinal e podem ser usados na medicina como prevenção e tratamentos de doenças relacionadas a distúrbios do metabolismo gastrointestinal como imunomoduladores e inibidores da carcinogênese local.
Após se instalarem no corpo do hospedeiro, os microrganismos com propriedades probióticas podem afetar futuros patógenos maléficos por meio da síntese de bacteriocinas, de ácidos orgânicos voláteis e de peróxido de hidrogênio ou atuar sobre o metabolismo celular, reduzindo a concentração de amônia no organismo, e liberando enzimas como a lactase.
Estudos científicos relatam que bactérias ácido-lácticas que são caracterizadas como probióticas podem possuir efeito imunoestimulante em animais e no homem, sendo esse fato relacionado à capacidade desses microrganismos interagirem com as placas de Peyer (tecido linfático associado ao intestino) e as células epiteliais intestinais, ou seja, elas conseguem estimular as células B do sistema imune que produzem IgA e a sinalizam a migração de células T para o intestino.
As cepas Lactobacillus apresentam grande importância na síntese de citocinas pela mucosa intestinal, como por exemplo já foi mostrado em pesquisas que Lactobacillus casei induz resposta celular tipo 1 em camundongos, protegendos eles contra patógenos intestinais pela indução do aumento da capacidade fagocítica dos macrófagos peritoneais e da atividade das enzimas envolvidas na fagocitose, da atividade das natural killer, da produção de fator citotóxico pelas células de Kupfer e macrófagos peritoniais, e da secreção de IgA no lúmen intestinal.
Diversos estudos geram informações preciosas que relacionam os diferentes probióticos a métodos profiláticos de doenças, atividades reguladoras da microbiota das mucosas humanas, assim como efeitos imunomoduladores. Sendo assim, a decorrente e correta ingestão de microrganismos probióticos é extremamente benéfica para nossa saúde; por isso fique ligado nas nossas receitas e dicas!!!
Referência: COPPOLA, Mario de Menezes; GIL-TURNES, Carlos. Probióticos e resposta imune. Cienc. Rural, Santa Maria, v. 34, n. 4, p. 1297-1303, Aug. 2004. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782004000400056&lng=en&nrm=iso>.
Créditos: Larissa Brito
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